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Jornada na Simulação

Por Débora Porto, enfermeira e consultora da HER


Esta semana estava lendo um artigo muito interessante publicado na Revista Simulation in Healthcare: The Journal of the Society for Simulation in Healthcare, publicado em 2020, em que o médico anestesista e professor Ignacio del Moral compartilha a sua jornada pessoal na simulação e o quanto isso impactou em sua vida e em seu trabalho.


Todos temos um começo em qualquer área, e para este professor a sua trajetória na simulação começou devido a uma situação traumática vivenciada numa emergência na sala de cirurgia. Alguns profissionais poderiam simplesmente seguir adiante, no entanto, este colega, resolveu mudar o rumo da educação médica e colocar a segurança dos pacientes em primeiro lugar. Na busca por mudanças soube do surgimento de simuladores utilizados para treinamentos de Gerenciamento de Recursos em Crises em Anestesiologia, promovido por nada mais nada menos que David Gaba, o pai da simulação moderna. Durante o treinamento, o autor refere que sentiu o poder da simulação e pensou eu quero


isso! Quem já passou por uma simulação realística entende o que ele sentiu!


E que poder é esse? O conceito de estado de Flow consegue explicar muito bem isso. Segundo o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, é “um estado mental que acontece quando uma pessoa realiza uma atividade e se sente totalmente absorvida em uma sensação de energia, prazer e foco total no que está fazendo. Em essência, o flow é caracterizado pela imersão completa no que se faz, e por uma consequente perda do sentido de espaço e tempo”.


Em outras palavras, é quando o aluno entra no cenário e vivencia aquele momento como se fosse real, e, a partir dessa experiência e reflexão, ocorre o aprendizado. A simulação é uma técnica de ensino que tem muita ciência e pesquisas que a embasam, por isso precisamos aprender como aplicá-la na nossa prática, e nessa busca entendemos nosso propósito.


Trabalhamos com pessoas e por elas.


Ignacio del Moral escreveu: Percebemos que se quiséssemos mudar a cultura de saúde, precisávamos começar a mudar a vida das pessoas primeiro.


E a simulação muda vidas sim, tanto de estudantes, professores, profissionais, bem como dos pacientes! Concorda? E como foi sua jornada na simulação? Queremos muito saber!





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